segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Teu último Sol

Teu último Sol
foi lindo
Pena,
que nada vistes

Carregar-te,
naquela rua estreita,
foi como bater um prego
no corpo
na alma

Pena que
os ultimos raios
do teu sol derradeiro
não foram capazes
de transpassar os tijolos
o concreto,
a matéria

E aquela rua,
a mesma dita,
que tu deceste
tantas vezes
a carpir o desgoto,
a dor,
o teu amor arrancado,
foi a mesma,
a única,
pela qual devolveram-te
No deslizar suave
das rodinhas

E se agora deixa lágrimas,
são de saudade,
de calma,
de tranquilidade,
são desafogo
da alma,
grito irreprimível
tua última centelha
tua vida que jaz no peito
do mundo,
de todos

Nada vai te substituir,
nada vai ser como era,
não adianta
isso nao precisa ser
tão poético
Dói! e pronto!
a dor não é poética

E nem sei
se sou poeta,
se a poesia de fato
existe
A poeta é tú
que sem saber escrever,
fez versos mais lindos
que eu nunca escreveria

Vai te agora,
ide em paz
sentimos sua falta
nunca será esquecida


Sempre te amarei Dozolina Toniollo Sereno!

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