Os faróis verdes,
as bicicletas,
a vida toda em deboche
os homens à brincar
de mundo,
e o mundo à brincar
de fantoche
As ruas à traçar
as rotas
As rotas a traçar
as vidas
Os carros a pilotar
os homens
Os homens a pilotar
o tédio
A realidade à se acabar
nos cruzamentos,
nua e crua,
como só ela sabe ser
A esperança à se acabar
no infinito duro
do cotidiano,
como se nada fosse acontecer
Um vai e vem perpétuo
Um perambular clandestino
Os atores a venerar seu totem
Joões-bobo do destino
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