sábado, 10 de dezembro de 2011

Rapsódia tragicômica

Retomo
vacilante
o velho
... experimento
abandonado

Certo da
trajetória,
do fim
inescapável,
retomo os passos
insolúveis
em doce
infantilidade

Coração negro
de fervura,
sinapses
sistemáticas,
sinestésicas
ilusórias

Caminhos e
descaminhos
em colisões
perpétuas,
ignóbeis

Tudo
ritimizado,
vitimizado,
minimizado

Já não há
palavras
Já não há
desculpas

Agora
é tudo
velho,
a mesma
sinfonia,
a mesma
ópera,
os mesmos
atores
nos mesmos
lugares
com as mesmas
piadas.

Tudo
automaticamente
salvo,
dói.

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