terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Gregos e Troianos

Brada forte
intrépido
Caronte
tua larga
flâmula
erguida
pela inépcia
da pouca
fortuna
que na falta
de outra
coisa,
são teu meio
de existência

Ergue teu
símbolo
fálico,
indubitavelmente
fálico
para que sirva
de alvo
de corrente
de guia
pros passos
descalços
dos camponeses,
nas linhas
que jamais
traçastes

Infla a
grande bomba
construída
das centelhas
de lágrimas
e de fé,
cuidadosamente
coletadas,
silenciosamente
disfarçadas,
para que
em seu íntimo,
exploda como
convulsão ardente

Para que emerga
como a vida
que brota
nas fendas
da firme
estrutura de
concreto

Para que renasça
como
cavalo-de-tróia,
herança humana
do espírito
que eternamente
nos conduz,
ao começo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário