quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Experimento

Olhos de águia,
Coração ardente,
Sou menos
o que voa
do que aquele
que sente

o vento
por debaixo
das asas,
das costas,

o arrepio
pêlos,
das penas,

o aroma inodoro
da água
atravessando
o tecido
mucoso
das narinas

A pressão firme
da terra
exercendo força
contrária aos
dedos

a planta do pé
que planta
a estrutura
corpórea
no solo
trazendo
à tona
o que
Kundera chamou
a insustentável
leveza do ser,

seja ela,
física,
mental,
ou pura obra
do destino.

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