Que teus versos
respirem silêncio
Que tua calma
contagie meu tédio
em gozos infiéis
Que nada cintile mais
que a angústia
de viver arrastado
Que o ontem e o hoje
se tornem um único
polímero, virtual
e inexistente
Que a desordem se
instaure
como princípio
irrisório,
inquietante
Que o medo
seja sentido
em outra
dimensão
Que a memória
se liberte do tempo
e cada coisa
de sua essência
Que nada exista
senão mentira,
louca,insensata
nova
Que nada seja.
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