Enxergar
é como perceber
um pequeno
feixe de luz
em meio
as turbulentas
águas
de um mar
infinito.
É sentir
profundamente
a pressão descomunal
que sufoca
e desintegra
cada membrana,
tecido ou célula
do corpo.
É ao mesmo tempo
uma ascensão
e um afogamento,
uma lufada de ar
seguida da enorme
agonia diante
da insuperável
debilidade
humana.
É por fim a morte
de todo referencial,
a eterna preocupação
do exercício,
um pouco como
qualquer outra paixão,
tão necessária
quanto letal.
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