Cinza esvoaçante,
Branco firme.
Traços longos,
... Espatulados,
Solitários,
Sólidos
Resíduos finos,
Esponjosos,
Superfície plana,
Piramidal,
Preto cândido,
Tempestade,
Inverno
Paisagem –casa,
Casa- paisagem,
Carnaval de cores,
Mistura de tintas,
Pixels,
Pigmentos,
Sensações,
Silêncio.
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Desperto
Desperto do espaço
no frio da noite,
na cama da lua,
no calor do mormaço
Desperto do sonho,
como o ás do entorno,
na reviravolta frenética,
livre da forma,
da harmonia,
ou de qualquer
outra estética,
Desperto do infinito
semblante triste,
da marejada face
cunhada em riste,
do brilho calmo
do desconforto,
da alma inerte,
do corpo morto.
Eternamente,
desperto,
da fome,
do medo,
da aurora,
um pouco do todo,
que fui,
desabrigado,
de outrora.
no frio da noite,
na cama da lua,
no calor do mormaço
Desperto do sonho,
como o ás do entorno,
na reviravolta frenética,
livre da forma,
da harmonia,
ou de qualquer
outra estética,
Desperto do infinito
semblante triste,
da marejada face
cunhada em riste,
do brilho calmo
do desconforto,
da alma inerte,
do corpo morto.
Eternamente,
desperto,
da fome,
do medo,
da aurora,
um pouco do todo,
que fui,
desabrigado,
de outrora.
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Cancro
"Qual face esconde então os designios, o caminhar, a situação? Qual mascara que vestes então sobre forma de mônada? Quais verdades escondes de ti mesmo em hábitos originalmente alheios? E se então ver-des, verdes os matos, vermelhos os sangues, azuis os céus e brancas as nuvens?
Roe então o teto de tua casa, amplamente desenhada, sob gotas cristalinas e mornas de suór, tua e te deus conterrâneos. Dissolvem-se assim os alicerces, em movimento quase mecânicos, daonde vem tal gangrena? Pois é idiopática, nasceu contigo, cresceu com o tempo, e inflamou com os vermes que agora te devoram. Qual remédio? Ruir, ruir, ruir.."
Roe então o teto de tua casa, amplamente desenhada, sob gotas cristalinas e mornas de suór, tua e te deus conterrâneos. Dissolvem-se assim os alicerces, em movimento quase mecânicos, daonde vem tal gangrena? Pois é idiopática, nasceu contigo, cresceu com o tempo, e inflamou com os vermes que agora te devoram. Qual remédio? Ruir, ruir, ruir.."
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Bandeira
E Bandeira
então seria
bandeirante
da poesia?
Desbravador
de versos,
homem frio,
anomalia,
da doença
padecia,
se não fosse
tal moléstia,
como então
que viveria?
Não sendo
refém dos
versos,
como elaboraria,
tão bonita
alegoria,
e se mesmo
assimo fosse,
o que
então seria,
criador,
criatura
ou cria?
então seria
bandeirante
da poesia?
Desbravador
de versos,
homem frio,
anomalia,
da doença
padecia,
se não fosse
tal moléstia,
como então
que viveria?
Não sendo
refém dos
versos,
como elaboraria,
tão bonita
alegoria,
e se mesmo
assimo fosse,
o que
então seria,
criador,
criatura
ou cria?
sábado, 7 de janeiro de 2012
Retrô
Fixado o
crepúsculo
em versos
resta
pouco
que o
instante
não corte
ou deforme
Sendo tua
a invariavel
leveza
que anima
o momento,
busca em mim
a defesa,
a razão
tragédia,
o tédio
ou então
movimento
Sendo único
o desprezo
latente,
teus olhos
fuzilam-me.
Recorro as
palavras,
aos pontos,
as espadas
E em meu
amadorismo,
resta
o crivo,
o segundo
insólito
e destruidor
que na
inversão
da brisa,
com mil
ressalvas,
reatroagiu.
crepúsculo
em versos
resta
pouco
que o
instante
não corte
ou deforme
Sendo tua
a invariavel
leveza
que anima
o momento,
busca em mim
a defesa,
a razão
tragédia,
o tédio
ou então
movimento
Sendo único
o desprezo
latente,
teus olhos
fuzilam-me.
Recorro as
palavras,
aos pontos,
as espadas
E em meu
amadorismo,
resta
o crivo,
o segundo
insólito
e destruidor
que na
inversão
da brisa,
com mil
ressalvas,
reatroagiu.
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Dinamo
Verminosa,
me envolve
em tuas
raízes
de sílício
Mostra teu
véu de dama,
da noite,
tua broca,
inóqua
Me devora
com teus
espinhos
de cangaço,
arrebenta
cada artéria
com veneno
mortal
Me joga
contra o frio
do aço,
contra a ponta
da navalha,
minh'alma
que se esvai
Me encanta
no teu jogo
sedutor
de menina
desgraçada
ruminando-me
até que vire,
merda.
me envolve
em tuas
raízes
de sílício
Mostra teu
véu de dama,
da noite,
tua broca,
inóqua
Me devora
com teus
espinhos
de cangaço,
arrebenta
cada artéria
com veneno
mortal
Me joga
contra o frio
do aço,
contra a ponta
da navalha,
minh'alma
que se esvai
Me encanta
no teu jogo
sedutor
de menina
desgraçada
ruminando-me
até que vire,
merda.
domingo, 1 de janeiro de 2012
Manifesto
Nostalgicamente introspectivo. Fruto talvez do excesso de valor a um dia comum, da sensação de perda típica do final de ano que por mais falsa que seja arde na pele. Resolvi parar com a poesia, largar o prato de sopa rala, me livrar do duro pedaço de tecido humano que me prende e parar com os entorpecentes. Resolvi ao invés de fazer grandes planos e novas promessas, continuar com as antigas, mesmo que elas não venham dando certo. Resolvi mergulhar no vórtice inconsciente da minha realidade alienada, como se qualquer outra alternativa significasse a completa abdicação de ter existido algum dia como eu próprio. Percebam que a pouca mudança, não é mais que uma entrega, uma rapisódia maluca, volátil e sensitiva como a fumaça de um cigarro que fumei.
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